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ANTENA

Poesia Nossa de Cada Dia

Poesia Nossa de Cada Dia

para os que ficarem depois que eu já tiver ido

O corpo que agora baixa à essa sepultura,
Não sou eu - diria o morto se fosse ouvido.
É apenas o invólucro temporário que a essa altura
Estende-se ao chão, da vida agradecido.

A alma que eu sou e mostra desenvoltura,
Permanece de pé, com todo o seu sentido.
Eu permaneço ativo, vivo essa aventura
Que a vida me propôs e a tenho defendido.

Ah! crença vã dos que pensam dessa maneira
Que ao último suspiro, a vida entregue os pontos
Como gostaria eu de provar a todos quantos

assim mourejam na Terra essa fé sem eira,
Que somos eternos e ambientamos contos
Que em outros planos se renovam em cantos

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